Como a hipnose funciona dentro do cérebro humano? A hipnose tem fascinado a humanidade por séculos, comumente retratada na cultura popular como uma forma de controle mental místico, ou como uma atração curiosa de programas de TV ou, mais recentemente, de canais na internet.
No entanto, a hipnose é muito mais do que isso. Ela é uma técnica terapêutica validada cientificamente que oferece benefícios significativos para uma variedade de condições.
Todavia, como exatamente a hipnose funciona no cérebro? Vamos explorar esse fenômeno intrigante de maneira acessível e fundamentada na ciência.
O que é hipnose?
Podemos definir a hipnose como um estado de atenção focada e aumento da sugestibilidade, frequentemente acompanhada por um relaxamento profundo.
É um estado mental onde a mente consciente é temporariamente suprimida, permitindo acesso direto ao subconsciente.
Contudo, isso não significa perda de controle; pelo contrário, a pessoa hipnotizada está ciente de seu ambiente e pode sair do estado hipnótico a qualquer momento.
Como a hipnose funciona no cérebro?
Pesquisas científicas utilizando técnicas de neuroimagem, como a ressonância magnética funcional (fMRI) e a eletroencefalografia (EEG), revelaram mudanças específicas na atividade cerebral durante a hipnose.
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Alterações na Rede de Modo Padrão (DMN)
A saber, a Rede de Modo Padrão (DMN, do inglês Default Mode Network) é um grupo de regiões cerebrais que estão ativas quando a mente está em repouso e não focada no mundo exterior.
Portanto, durante a hipnose, há uma diminuição na atividade da DMN, especialmente no córtex pré-frontal medial.
Isso facilita a redução da auto-reflexão crítica, permitindo que sugestões hipnóticas sejam mais eficazes.
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Conectividade funcional
Estudos demonstram que a hipnose altera a conectividade funcional entre diferentes regiões do cérebro.
Desta forma, é possível estabelecer a conexão entre o córtex cingulado anterior e o córtex pré-frontal dorsolateral.
Essa ligação é crucial para a execução de tarefas e a modulação da dor, explicando porque a hipnose é eficiente no manejo da dor e na modificação de comportamentos.
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Controle atencional
A hipnose envolve uma concentração profunda, que é refletida em mudanças na atividade do córtex cingulado anterior.
Assim sendo, essa área está envolvida na regulação da atenção e no processamento de conflitos, de tal forma que ajuda a manter o foco na sugestão hipnótica, ao passo que minimiza distrações.
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Processamento sensorial
A hipnose também pode alterar a forma como o cérebro processa informações sensoriais.
Por exemplo, em estudos sobre hipnose e dor, há uma redução na atividade do córtex somatossensorial, que processa as sensações de dor.
Entretanto, isso não significa que não se sente dor, mas sim que a percepção da dor é modulada.
Aplicações terapêuticas da hipnose
Compreender como a hipnose afeta o cérebro abre portas para várias aplicações terapêuticas. Aqui estão algumas das mais comuns:
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Controle da dor
Conforme informamos anteriormente, a hipnose é super competente no tratamento de dores crônicas e agudas.
Pesquisas mostram que a hipnose pode reduzir a percepção da dor em pacientes com condições como fibromialgia, artrite e durante procedimentos cirúrgicos e odontológicos.
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Tratamento de ansiedade e estresse
Através da indução de um estado de relaxamento profundo, a hipnose ajuda a reduzir sintomas de ansiedade e estresse. Isso é particularmente útil para pessoas com transtornos de ansiedade, como fobias e transtorno de ansiedade generalizada.
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Cessação do tabagismo
A hipnose é eficaz na ajuda à cessação do tabagismo, reprogramando o subconsciente para dissociar o ato de fumar de comportamentos e emoções cotidianas.
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Distúrbios do sono
Pessoas com insônia ou outros distúrbios do sono podem se beneficiar da hipnose, pois ela ajuda a promover uma rotina de sono saudável, bem como reduzir a ansiedade associada ao sono.
Enfim, como você pode ver, a hipnose está longe de ser apenas um truque de palco. É uma ferramenta terapêutica poderosa com bases científicas sólidas.
Se você está considerando a hipnose como uma opção terapêutica, é importante procurar um profissional qualificado.
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