A automutilação foi um sintoma que deixou de estar presente nos últimos anos, porém, atualmente voltou com tudo, graças ao alto número de depressão e outros transtornos de caráter psicológico.
É muito importante que esse sintoma possa ser olhado por um profissional, além da dor física, há ainda a dor emocional por trás de cada episódio de automutilação.
Em nosso artigo de hoje você vai conhecer como a hipnose pode ajudar nesses casos. Confira.
Afinal, o que é a automutilação?
Em primeiro lugar, é muito importante entender a definição de automutilação. O conceito é definido como qualquer comportamento de caráter intencional de agressão ao próprio corpo.
A automutilação não tem como intenção o suicídio, é muito importante deixar isso claro.
Ainda de acordo com essa definição, passam a ser excluídos qualquer coisa que não seja intencional, ou mesmo ações que são normais dentro do nosso cotidiano, como por exemplo, o ato de fazer tatuagem.
Muitos lesões ou práticas não fazem parte da automutilação. Contudo, temos sempre que estar de olho no contexto de como aquilo se apresenta.
Tipos de automutilação
A forma mais comum de como a automutilação se apresenta é com pequenos cortes na pele. Estes cortes também podem ser conhecidos como “cutting”. Há ainda outras práticas conhecidas como automutilação, como por exemplo:
- Se bater;
- Se espetar com agulhas;
- Se queimar com cigarro;
- Arrancar o seu próprio cabelo.
Outra característica bem comum é que os ferimentos podem ser realizados em partes do corpo que podem ser escondidas.
Incidência
Como mencionado, a automutilação passou a ser algo que chama atenção nos últimos tempos. Por isso, ela merece ser estudada mais de perto.
De maneira geral, está presente em jovens. Pesquisas apontam que cerca de 20% dos jovens brasileiros já se mutilaram ou estão realizando a prática no momento.
Esse número é bem próximo dos anos que se encontram ao redor do mundo sobre a automutilação.
Em todo o mundo os casos giram ao redor de adolescentes, sendo bem difícil ver adultos com esse comportamento. Quando a questão é o gênero, os casos mais comuns são de mulheres.
Como a hipnose pode auxiliar na automutilação?
A hipnose está cada vez mais em evidência, mostrando resultados plenamente satisfatórios em diversos transtornos.
Quando o assunto é a automutilação é preciso tentar entender essa estrutura e o contexto que ela está ocorrendo. Os sintomas secundários da automutilação, como o isolamento, é outro fator que deve ser observado.
Muitos adolescentes acabam se automutilando para se livrar de uma angústia e mais do que sintomas depressivos, sintomas ansiosos também podem estar relacionados a isso.
A hipnose consegue ensinar ao paciente técnicas para lidar com toda essa angústia e achar outras formas de expressar sua dor e / ou sentimentos.
Em casos como esses a hipnose costuma utiliza o ‘’meta-modelo’’. Dessa maneira, acontece a associação e a delimitação, perguntando ao paciente onde no corpo dele que sente os sinais da angústia, tentar dar uma cor, uma intensidade e um formato pra tudo isso pode ajudar na transformação, o objetivo é termos algo concreto.
Depois é hora de desassociar, criando técnicas de relaxamento em hipnose que podem ajudar para que essa angústia. Dessa forma, ela poderá ser diminuída ou mesmo entendida.
Além disso, outro passo importante nessa técnica é a criação de uma nova sensação, trazendo uma situação agradável ao sujeito, isso pode ser feito através da imaginação ou de sugestão direta.
O último passo é fazer a associação a uma nova sensação, já que todo o trabalho não quer somente controlar o comportamento. Mas, também entender o seu surgimento e por isso quer construir uma nova narrativa do adolescente em relação ao seu corpo.