Uma em cada quatro mulheres podem ter sintomas de depressão pós-parto, segundo um estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz. Mesmo que a gestação possa ser considerada um período que define a mulher por cumprir o seu papel em ser mãe, nem sempre a gestação pode ser uma experiência totalmente positiva.Alguns transtornos podem surgir depois do nascimento da criança, conhecidos como baby blues ou disforia puerperal, e depressão pós-parto. Eles às vezes podem até ser confundidos como o mesmo problema.
Por isso, vamos informar para você as suas diferenças mencionando sintomas, os tratamentos ideais para isso e como a hipnose pode ser uma solução. Continue a leitura para saber mais!
Baby Blues ou disforia puerperal
O termo “Baby Blues”, pode ser traduzido literalmente, como tristeza vinda pelo bebê, pela cor Blue, ser associada por tristeza em algumas expressões populares na língua inglesa, I’ve been feeling kind of blue. (Eu ando me sentindo meio triste.)
A explicação científica desse problema, de acordo com a Mayo Clinic, são na verdade sintomas de depressão depois do nascimento da criança, que variam e mudam de um estado médio a severo, podendo levar a depressão pós-parto se continuarem a ser mais intensos.
Ainda não se sabe as reais causas do Baby Bluess, mas há indícios de que esse problema ocorra devido às mudanças hormonais que o corpo da mulher passa e isso pode desencadear os sintomas deste problema.
É muito importante a mãe saber que são sintomas muito comuns para todas que estão vivendo essa fase, e que não significa que vai durar muito tempo ou que vá evoluir para uma depressão pós-parto propriamente dita.
Sintomas
Alguns sinais e sintomas que podem ser percebidos depois do nascimento da criança incluem:
- mudanças de humor;
- ansiedade;
- tristeza;
- irritabilidade;
- sentimento de incapacidade
- choro;
- redução na concentração;
- problemas no apetite;
- problemas para dormir.
Tratamento
O melhor a se fazer antes de buscar qualquer tratamento é buscar acompanhamento clínico com seu médico, para avaliar se é necessário um apoio psicológico e/ou psiquiátrico. Mas, algumas recomendações que já podem ser aplicadas são:
- Expor os sentimentos para ter maior clareza do que está acontecendo;
- Ter uma rotina clara na sua organização diária, como para alimentação, sono, exercícios físicos e alguns minutos reservados para você (pode ser meditando, fazendo mindfulness ou lendo um livro, ou seja, fazendo algo que te faça bem);
- Manter e fortalecer os vínculos sociais com amigos e família;
- manter uma dieta equilibrada para que os sintomas possam ser neutralizados ou aliviados pela boa nutrição do corpo;
- buscar ajuda com profissionais adequados.
Depressão pós-parto (DPP)
De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 25% das mães brasileiras são afetadas com a depressão pós-parto. Mas por incrível que possa parecer, a DPP pode afetar cerca de 10% dos homens também.
Causas
Esse transtorno acontece na vida das mulheres por diversos fatores:
- físicos;
- emocionais;
- estilo e qualidade de vida;
- histórico de transtornos mentais ou de humor;
- histórico de depressão.
Segundo o Hospital Santa Mônica, no caso dos homens, a DPP ocorre por causa da variação dos níveis de testosterona e o desequilíbrio de outros hormônios masculinos. Também podem provocar a DPP, a queda da qualidade do sono, o aumento do estresse e até as mudanças de rotina, por causa da criança.
Sintomas
Segundo a Mayo Clinic, os principais sintomas da depressão pós-parto, podem ser confundidos com sintomas do baby blues. Mas no caso da DPP, os sinais que ela apresenta, são mais longos, mais intensos e eventualmente vão dificultar suas funções rotineiras com a criança.
Entre as primeiras semanas do nascimento da criança até um ano do seu nascimento, podemos encontrar os seguintes sintomas:
- mudanças de humor severas;
- choro excessivo;
- dificuldade de criar laços afetivos com a criança;
- afastamento de amigos e familiares;
- perda de apetite ou comer mais do que está acostumada;
- incapacidade de dormir (insônia) ou dormir muito;
- exaustão ou perda de energia;
- reduz o interesse e o prazer em fazer atividades que gosta;
- facilidade em se irritar e ficar com raiva;
- sensação de falta de esperança;
- ter medo em não ser uma boa mãe;
- se sentir inútil, envergonhada, culpada e inadequada;
- não consegue pensar claramente, se concentrar ou tomar decisões;
- ansiedade severa e ataques de pânico;
- pensamentos em machucar a si mesmo ou o bebê;
- ideação suicida.
Se a depressão pós-parto não for tratada o quanto antes, seus sintomas podem prolongar-se por mais meses. Segundo artigo da USF, a DPP pode causar repercussões negativas no desenvolvimento da criança.
Tratamento
De acordo com a The American College of Obstetricians and Gynecologists, o tratamento da DPP é feito com medicações ou terapias que podem também fazer o uso de medicações se necessário, mesmo se a mulher estiver amamentando sua criança.
O Kid’s Health, também indica como forma de tratamento, o cuidado em ajudar a gestante com palavras de suporte e apoio, acompanhamentos e melhoras na sua busca pela saúde física, com exercícios físicos.
Como a hipnose pode ajudar
Uma solução que pode ajudar muito nesses problemas, muitas vezes sem a necessidade do uso de medicamentos é a hipnose.
Segundo a American Psychological Association (APA), com pequenas considerações da Sociedade Brasileira de Hipnose (SBH), a hipnose pode ser definida como um estado de consciência [induzido intencionalmente] que envolve atenção concentrada e consciência periférica reduzida, caracterizado por uma maior capacidade de resposta à sugestão. Nesse estado, o sujeito é conduzido a experimentar mudanças nas sensações, percepções, pensamentos ou comportamento [orientado a um objetivo].
Considerando que os sintomas de ambos os problemas para a mulher são similares, variando seus níveis de intensidade, a hipnose tem a capacidade de conduzir a mulher a um estado de auto reflexão, levando a novos aprendizados e conclusões e permitindo que ela fique mais aberta ao acompanhamento ou aconselhamentos de um psicoterapeuta confiável, auxiliando em todas as fases psicológicas da gravidez.
Também é capaz de ser induzida a um estado de tranquilidade e relaxamento, o suficiente para lidar com níveis altos de ansiedade. Já no caso da depressão, a hipnose também pode:
- ressignificar eventos que foram traumáticos;
- trabalhar o autoconhecimento;
- diminuir o estresse e a ansiedade (que podem ser uma das consequências da depressão);
- trabalhar a auto aceitação, seja do transtorno mental ou de outra característica pessoal que incomode o paciente.
Portanto, caso a mulher esteja passando por esses problemas, ou o seu parceiro, a hipnose pode ser uma forma natural e saudável de recuperação em busca da saúde mental. Isso possibilita tanto para a mulher quanto para o seu parceiro, experiências positivas com o nascimento da criança, de forma que ela não tenha seu desenvolvimento prejudicado.
O mais importante é que a gestante tenha sempre o acompanhamento médico e busque orientações para tomar as melhores decisões.
Se você se interessou pelas possibilidades da hipnose para resolver esses problemas relacionados a gravidez, entre em contato comigo e agende uma consulta! 🙂