A saúde mental é um tema de preocupação global. De acordo com a OPAS, mais de 1 bilhão de pessoas possuem algum transtorno mental. Mas como as pessoas não possuem o costume de falar tanto sobre esse assunto como falam da saúde física, e também pela negligência dos órgãos públicos em oferecerem cuidados para pessoas com transtornos mentais, foi criado o Janeiro Branco.
Assim como existe o Novembro Azul para ser um mês de conscientização do câncer de próstata e o Outubro Rosa, para ser um mês de conscientização do câncer de mama, o Janeiro Branco, foi criado para conscientizar as pessoas sobre a importância da saúde mental.
Isso abre a oportunidade para que as pessoas também possam conhecer como a hipnose clínica ajuda na saúde mental. Continue a leitura para entender com mais detalhes!
Por que Janeiro Branco?
O mês de Janeiro é uma data marcada por reflexões profundas sobre a vida, por causa do início do ano. Quando as festas de fim de ano acabam, e um novo ano se inicia, é normal que as pessoas reflitam sobre suas vidas e sobre suas decisões no passado, assim como o que esperam do novo ano.
Por causa disso, esse mês é uma oportunidade para incentivar as pessoas a refletirem mais sobre as suas condições mentais, a ponto de começarem o ano buscando ajuda e soluções para mudanças definitivas.
É por isso que o branco foi escolhido para Janeiro, por simbolizar um recomeço, uma “página em branco” na vida das pessoas para terem suas histórias escritas com uma nova mentalidade.
Quais são os transtornos mentais mais comuns?
Com esse início de uma auto análise e a busca por diagnóstico mais profissional, é comum que as pessoas encontrem certos transtornos nas suas vidas como ansiedade, depressão e ideação suicida. Leia abaixo para entender cada problema com mais detalhes.
Ansiedade
Em uma pesquisa da OMS, é estimado que a partir de 2015, sejam mais de 24 milhões de pessoas com transtornos de ansiedade. Seus principais sintomas são:
- palpitações e dores no peito;
- um sentimento de desgraça iminente;
- respiração ofegante;
- falta de ar;
- agitação nas pernas e nos braços;
- compulsão alimentar;
- tensão muscular;
- enxaquecas;
- boca seca;
- tremedeira;
- cansaço;
- insônia;
- diarreia;
- dificuldade de concentração;
- irritabilidade;
- sudorese;
- náuseas;
- medo.
Depressão
A depressão é um transtorno biopsicossocial, ou seja, que pode envolver fatores neurológicos, genéticos, emocionais e sociais. Assim, a falta de rotina e de laços emocionais fortes, falta de sensação de maestria, sedentarismo e outros fatores importantes que podem agravar o quadro de humor de uma pessoa que possui depressão. De acordo com uma pesquisa da OMS, pelo menos 50 milhões de pessoas no mundo sofrem com depressão. Os seus sintomas são:
- perda de memória;
- dificuldade de concentração e raciocínio lento;
- mudança no apetite (para mais ou para menos);
- alteração drástica no peso (para mais ou para menos);
- atenção reduzida;
- sentimento permanente de cansaço e fadiga;
- imunidade comprometida;
- mudança de sono (o paciente dorme em excesso ou tem episódios de insônia);
- dores de cabeça frequentes.
Ideação Suicida
A ideação suicida é um conjunto de pensamentos que a pessoa elabora como forma de estratégia para resolver seu estado de sofrimento intenso. É um sintoma considerado sério e que está associado, principalmente, a quadros de depressão mais graves.
Na pandemia, esses sintomas podem se intensificar, já que muitos eventos negativos acontecem com maior frequência, como por exemplo: perder o emprego e ficar longe do círculo social.
Esse sintoma é um alerta!
Por isso, o primeiro passo é ofertar tratamento psicológico e psiquiátrico para a pessoa. Não é fácil pedir ajuda nesses casos, então é muito importante acolher essas pessoas e apresentar todas as possibilidades para ela. Ser compreensivo com a pessoa fortalece o vínculo e possibilita uma abertura maior ao dialogo.
Além disso, é sempre bom informar que existem organizações que trabalham dia e noite para ajudar as pessoas que estão possando por isso.
Um dos exemplos de sucesso é o CVV (Centro de Valorização da Vida), na qual os profissionais são treinados para oferecer um acolhimento e ajudar a diminuir essas taxas, que são alarmantes.
Como a hipnose clínica pode ajudar?
Segundo a American Psychological Association (APA), com pequenas considerações da Sociedade Brasileira de Hipnose (SBH), a hipnose pode ser definida como um estado de consciência [induzido intencionalmente] que envolve atenção concentrada e consciência periférica reduzida, caracterizado por uma maior capacidade de resposta à sugestão. Nesse estado, o sujeito é conduzido a experimentar mudanças nas sensações, percepções, pensamentos ou comportamento [orientado a um objetivo].
A partir disso, a hipnose é uma excelente alternativa para o tratamento de transtornos emocionais, fazendo com que o paciente tenha resultados melhores em suas terapias, sem apresentar nenhum risco a sua saúde.
É uma ferramenta importante para casos clínicos que precisam de mudanças tanto nos pensamentos quanto nas emoções dos pacientes.
Sendo assim, a hipnose pode ajudar no tratamento da ansiedade e da depressão, pois proporciona ao terapeuta uma ferramenta potente para ajudar o paciente de forma mais eficiente. Além disso, a hipnose clínica proporciona aos seus pacientes, técnicas de auto aplicação que ajudam na saúde mental, para além do consultório.
E se você ainda tem dúvidas de como funciona uma sessão de hipnose e se sente com receio em buscar ajuda ou conhecimentos na área, leia nosso artigo Como funciona uma sessão de hipnose: passo a passo completo!